CASAMENTOS EM ÉPOCA DE CRISE

Texto: Humberto Leal
Estamos no meio de uma crise de saúde que afetou o mundo todo e ninguém vai passar ileso por ela. Aos sobreviventes caberá dar continuidade à vida, ao tempo que segue e que nunca para. Assim será com os casamentos que, por agora, foram adiados, mas que voltarão no seu devido momento.
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi a maior catástrofe provocada pelo homem em toda sua longa história. Envolveu setenta e duas nações e foi travada em todos os continentes, direta ou indiretamente. O número de mortos superou os cinquenta milhões e deixou ainda uns vinte e oito milhões de mutilados.
É difícil de calcular quantos outros milhões saíram do conflito vivos, mas completamente inutilizados em razão dos traumas psíquicos a que foram submetidos como os bombardeios aéreos, as torturas, a fome e o medo constante. A característica mais brutal da guerra foi a supressão da diferença entre aqueles que combatem no fronte e a população civil na retaguarda.
E mesmo durante a guerra e no período pós-guerra os casamentos continuaram existindo, as festas para celebrar as bodas continuaram e as famílias se formando.
E assim será! Após a pandemia do COVID-19 estar controlada, à vida, mesmo que aos poucos, vai voltar ao normal e os casamentos irão acontecer, talvez em outro formato e com outra estrutura, ou não, ainda é cedo para sabermos.
O importante será a retomada da vida, do trabalho, dos sonhos… como faremos para recuperar todas as perdas emocionais e materiais, e como vamos nos reerguer para trilharmos nosso caminho.
O comparativo que faço aqui, com a Segunda Guerra Mundial, é para que possamos perceber que já tivemos momentos muito difíceis, muito mais dos que estamos vivendo agora, e conseguimos superar e seguir em frente, com muitas dificuldades é certo, mas conseguimos.
Não podemos perder as esperanças, temos que nos manter fortes para seguir em frente e dar continuidade à vida.
ROBERT DOISNEAU (1912-1994), famoso fotógrafo nascido em Gentilly, Val-de-Marne, França. Era um apaixonado por fotografias de rua, registrando a vida social das pessoas que viviam em Paris e em seus arredores, trabalhou também para várias publicações em revistas. Foi um dos fotógrafos mais populares da França. Era conhecido por sua modéstia e imagens irônicas, onde misturava as classes sociais e cafés de Paris. As fotos são dos casamentos realizados nos anos quarenta.